sexta-feira, 27 de junho de 2014

Poema 52

Espetáculo

O palco está preparado,a cortina fechada pronta para o espetáculo.
O ator principal concentrado,pronto para filosofar.
Entrar em cena,disparar palavras e gestos.
A cortina se abre,o ator começa a atuar.
Não percebe que na platéia não tem ninguém para te saudar.
A iluminação atrapalha sua visão,ele continua focado em sua missão.
Levar um pouco de cultura e coração.
Ao terminar o espetáculo,percebe que não há nenhum aplauso.
As luzes do salão se acende e ele percebe a solidão.
Percebe que nem tua alma o acompanhava mais.
Incapaz de viver sozinho,lembra do teu amor.
Que o acompanhava pelos corredores da vida.
E te mostrava que mesmo que tardia a vitória chegaria.
Que o sol apareceria sorrindo pelas manhãs.
Que ao ver a maior estrela nascer,lembraria de quem o amava.
Mas nesta manhã,sozinho ele estava.
Acordou ao raiara do sol,colocou seu vinil para tocar.
Com uma taça de vinho na mão e um charuto na boca,ouvia John Mayer entoar.
Quem você ama,ama você ?
Sentia que a gravidade o traia.
Não atraia o teu corpo ao dele e o fazia cair.
Deitado aos prantos no chão,via uma ilusão.
sua dama bailando no salão,sorrindo e te estendendo a mão.
Mas por alguma razão a cortina se fechou.
Os impedindo de dançar a bela canção.




domingo, 22 de junho de 2014

Poema 51

Cicatriz

Não deveis reprender um sentimento dentro de vós.
Abre o teu peito e deixe que as borboletas se espalhem.
Mostre ao mundo que dentro de ti cabe um amor.
Esqueça esta dor que passou,deixe que teu coração cicatrize.
Não despiste o destino,não tente enganá-lo.
Não lembras,que o teu amor não foi correspondido.
Teu pedido foi atendido,libertates deste sentimento.
Percorrestes o mundo desatento por muito tempo.
Até que enconstrates alguém que te deixasse atento.
Mas teu coração foi entregue ao vento.
As estrelas do céu estão apagadas.
As noites andam mal iluminadas.
Perdida no escurido,avista uma rosa na lama.
Aquela mesmo, que jogastes fora e não agradecestes.
Não respondestes a carta ao remetente.
Não desmente a atração,uma garota sem reação.
Olhastes aos seios e avistastes a cicatriz que percorre pelo meio.
Lembrastes do receio que tem, ao lembrar do coração partido.
Que deixastes por ai caido .
E não sabes se existe uma formula para reconstrução.






quinta-feira, 19 de junho de 2014

Poema 50

Alma

Como é se sentir sozinho,mesmo rodeado por diversas pessoas ?
De vez em quando sentado no sofá percebo o mundo desligado.
Vejo pessoas ao meu redor sorrindo e curtindo a vida.
Mas eu sinto tudo em camêra lenta.
Vejo se as pessoas estão atentas a minha brisa,mas parece que não.
É como se eu saisse do meu corpo e visitasse diversos lugares ao mesmo tempo.
Mas percebo que a minha alma foi procurar você.
As lágrimas correm pelo meu rosto,mas ninguém percebe.
A alma chora todos os dias por estar vazia.
Olho você nesta noite fria,dormindo sozinha toda encolhida.
De baixo das cobertas com sua pele linda.
Deito ao seu lado e abraço para te esquentar.
Pela manhã,ao sentar na beira da cama percebe que alguém esteve por lá.
Mesmo sabendo que alguém te protege de longe.
Você tenta esconder o preconceito da sociedade.
Sabe que o cara da periferia pode não te trazer estabilidade.
Você não mascara a desvantagem de quem nasce fora da megalópole.
Desse jeito você da um grande golpe em minha alma e a devolve ao meu corpo.
As lágrimas voltam a percorrer meu rosto,mas ninguém percebe.
Esquece,nunca fui e nunca serei ninguém para você.
Mesmo meu coração toda noite gritando por teu nome.
Você insiste em se esconder,me obrigando a te esquecer.
Mas quando eu te esquecer,não adianta aparecer.
Talvez este amor não tenha segunda chance.
Cansei de me empoeirar na sua estante...







Poema 49

Partida

Deixar um sentimento de lado,não quer dizer que estamos deixando de amar.
Mas sim mostrando alguma força,para poder sobreviver sem dor.
Desejo toda a sorte em sua caminhada,que possa encontrar alguém que te faça feliz.
Infeliz não vou ficar,mas te confesso que o lugar ao teu lado eu gostaria de ocupar.
Só que cansei, de derramar minhas lágrimas e de me culpar por algo que não deu certo.
Sabemos que sentimento é algo incerto.
Talvez eu não soube lhe dar com a situação.
Marinheiro de primeira viagem ,afundastes o titanic e fizestes, o amor morrer em alto mar.
Mesmo desistindo de você,saibas que não sairás de mim.
Mesmo que não ficamos juntos, sei que liguei meu coração ao teu.
Mas você não atendeu as minhas chamadas.
Agora é tarde,fechei as malas e estou partindo.
Ficarei na estação de trêm aguardando.
O dia em que virás caminhando, até ao meu encontro.
Mas venha logo,pois poderei já estar de partida.



domingo, 15 de junho de 2014

Poema 48

Rosas

Dei minha ultima cartada.
Me entreguei a você de corpo e alma.
Todas as nossas cartas estão guardadas.
Procuro ler las com uma taça de vinho ao lado.
Passando o olho pelas linhas,nelas eu vejo os seus traços.
Lembro dos nossos beijos e abraços.
Numa noite de luar,olho para um céu estrelado.
Imagino nós dois novamente lado a lado.
Vejo nossa história escrita nas estrelas,mas você se perdeu.
No meio do caminho,alguém te levou, algo que era meu.
Lembro me que da ultima vez,ao sair te deixei rosas.
Colocastes em cima da comoda,junto da ultima carta.
Deixastes morrer a bela rosa ?
Dizia que era o simbolo do nosso amor.
A beleza da flor e seu belo cheiro.
Este sentimento exalou e chegou a atmosfera.
Me desespera a frieza com que você leva toda a situação.
Infelizmente es dona do meu coração.
Prometo a mim,tirar você desta confortável moradia.
Mas parece que insiste em ficar nesta estadia.
E eu não tenho forças para arranca-la.
Lê a minha carta e me diga apenas uma palavra.......






segunda-feira, 9 de junho de 2014

Poema 47

Veraneio

Qual a vantagem de ser invisivel ?
Não vejo nenhuma.
Enquanto sorri e se diverte,eu vivo a margem desta felicidade.
Sem ser notado,eu preto e branco em volta do seu mundo colorido.
A tristeza exposta no meu rosto,um sorriso forçado.
Vivendo na base do Alcool.
Tentando te esquecer,mas o efeito passa e o teu rosto eu volto a ver.
Cada sorriso que vejo na rua,eu já imagino o teu.
Aquele sorriso,que deu inicio a isso tudo.
Contudo a minha tristeza é profunda.
O amor é tradição,algo que é uma religião do ser humano.
Desumano é não amar ninguém.
O amor vence barreiras,vence as diferenças sociais e raciais.
Mas o amor não vence o desamor.
Quando não existe amor.
Não adianta querer fazer chover palavras,sentimentos.
Não adinta querer escrever belos sonetos.
Este meu amor é puro,mas não passou de veraneio.
O que era incerto no destino,virou algo sem rumo.
Eu bem que tentei mudar a história,escrever minhas próprias linhas.
Mas infelizmente nossa história já esta escrita.
E o que me parece é que, é um distante do outro.
Haverão novos encontros,mas parece desencontros.
Pois quando estamos perto,nossos olhos não se entrelaçam.
O teu coração não dispara, e o meu coração para.




domingo, 1 de junho de 2014

Poema 46

20 Anos 

31 de maio do ano de 94.
Nascia um garoto em São Paulo.
Quando pequeno, alimentava o sonho de todo brasileiro.
Vestir o manto canarinho e desfilar pelos campos do mundo inteiro.
Infelizmente nasci sem o talento.
O futebol nunca saiu da minha vida,mas ficou só como paixão.
Aos dez anos dei meu primeiro beijo.
Uma sensação estranha ao sentir as línguas entrelaçadas.
Todo este fato aconteceu numa escada,no Sesc Pinheiros.
Sofri bullying por 3 anos,momentos difíceis,onde fiquei sem chão.
Não tinha explicação pelas agressões que sofria.
Além destas agressões que sofria,passei estes 3 anos com outra ferida.
Um primeiro amor de infância,que não havia correspondência.
De cabelo Tigelinha a arrepiado,mudei de estilo para ser notado. 
Então ganhei fama de muleque piranha.
No ensino médio mudei de pensamento e de comportamento.
Buscava um sério relacionamento.
Desatento andava pelas ruas de São Paulo, buscando uma companhia.
Um garoto solitário,tímido e preservado,mas cheio de sonhos.
Aos 19 passei pela maior provação.
Me arrisquei em cima dos palcos,em ação cantando, levando a cultura para a multidão.
Neste processo de apresentação,achei que tinha encontrado a mulher do meu coração.
Ela abalou minha estrutura,mas no final de toda história acabei na desilusão.
Um amor impossível que entrou em questão.
Me perguntava todas as noites em meio a escuridão.
O que eu não tenho que possa lhe agradar.
Poxa,vem me amar.
Quantas sextas - feiras, fiquei em casa chorando com a luz apagada.
Olhando para o meu peito e vendo as suas pegadas,que ficaram marcadas.
Lembrar do teu sorriso, que coloriu um mundo preto e branco,e não ver mais sentido.
Confesso que até dias atrás você continuava a me machucar.
Mas ao passar da meia noite do dia 30 para o 31.
Quando o relógio apontou meus 20 anos,decidi te abandonar.
Procurar continuar minha caminhada,estudar,trabalhar,para minha vida ganhar.
Ainda continuo solitário,mas sofrer de você,não da mais.
Me tornei sagaz,me segurar agora vai ser difícil.
Amar por agora,eu não quero mais.
      Um novo ciclo se inicia e esta história continua.........