terça-feira, 29 de julho de 2014

Poema 56

Lareira

Estas noites frias de São Paulo, só me faz buscar o calor.
Pegar as taças de vinho e sentar em frente a lareira.
Peguei me no sono e os sonhos tomou meus pensamentos.
Fez aparecer os escondidos sentimentos.
Lembrei me te todo o amor,que servia de cobertor ao meu coração.
Que me protegia deste frio mundano.
Que me tirou dos hábitos do cotidiano.
Mas este fogo não reascende mais,os sonhos se tornaram pesadelos.
Meus maiores medos veio a tona e meu coração descoberto.
Não pulsavas mais pelo teu cabelo atrás da orelha.
Não ouvias mais tua voz,apenas zumbidos de abelha.
Que ensurdeciam a minha cabeça,buscava uma breja para relaxar.
Quantas mesas de bar não frequentei para deixar de te amar.
O destilado desse queimando a minha garganta,para minha vida acabar.
Quão sonhador eu fui,em pensar que um dia poderia te amar.
Só hoje percebi que saiu descalça para minha vida não marcar.
Tentei procurar tuas pegadas,me perguntando.
Será que ela volta ?
Não sabes o estrago que me fez.
A vida noturna não é nada sadia.
Eu cercado de vadia,me envolvi na ousadia.
Agora viciei nesta vida e não quero abandonar.
Olho para teu sorriso que é de se apaixonar.
Mas esta lareira,eu não quero mais incendiar.






terça-feira, 22 de julho de 2014

Poema 55

Calastes
Ando perdido em meus próprios pensamentos.
Vago pela rua desatento.
Os meus poemas,já deixaram de ser depoimentos.
As tintas que pincelavam o amor,acabaram.
Os teus retratos nos meus sonhos,se quebraram.
Sinto que todos me abandonaram.
Rodeado de pessoas,me sinto perdido e acoado.
Como se fosse apenas um robô desprogramado.
Parado no tempo,o relógio anuncia a minha dor.
O meu coração já perdeu a cor.
Não existe mais o avermelhado do amor.
Me nego a aceitar,que ainda exista algum laço seu em mim.
Roubastes todos meus sentimentos e levastes contigo.
Me deixastes trancafiado,com os olhos vendados.
Não consigo gritar mais ao mundo dizendo que te amo.
Pois também calastes a minha boca.
Calastes o meu coração.
Calastes a minha vida.
Fizestes tudo isso,mas sem despedida.
Pensou que a dor seria menos dolorida ?
Apenas criou-me uma ferida e me deixastes machucado.






segunda-feira, 14 de julho de 2014

Poema 54

Julieta

O sol está de luto.
A mini estrela não saiu aos céus para sorrir.
Não desinibiu as nuvens carregadas e o céu acinzentado.
Onde andastes a dama,que eu tenho tanto esperado?

Por Verona eu tenho andado,atrás desta dama que tanto falam.
Detentora de um rosto angelical e um sorriso esplendido.
Perseguida pela sua virgindade,
esta mulher da cidade,numa família cheia de estabilidade.

De codinome Julieta,aquela que me causa borboletas no estomago.
Que faz meu coração disparar.
Que faz meu corpo pesar como um chumbo e minha alma petrificar.
Que me faz sonhar em ser teu vestido,para teu corpo acariciar.

Não sabes o quanto desejo te amar.
Ó minha dama,vem comigo uma história iniciar.

A vida nos impediu de iniciar esta história,
algo envenenastes tua mente contra o amor.

Tua alma não me enganas,vagas pela noite
triste sem um rumo.
Este falso sorriso não me enganas,
finge estar bem,mas sei das tuas noites sombrias,
dos teus sonhos de me devorar por uma noite.

Os teus olhos não me enganam,mostram uma ardente paixão,
mas não sei por que escondestes este sentimento.
Deixarás que morra e enterrado em um caixão ?

Verona já não é a mesma.
Depois desta história,mesmo sem ter ao menos te visto.
Toda a cidade te conhece.
E sabe que teu coração você nunca me destes.








sábado, 12 de julho de 2014

Poema 53

Império

Eu segui as batidas do meu coração.
Mas ao te ver ele acelerava,talvez o meu maior erro.
Querer acompanhar os batimentos,e acelerar este amor.
Fazer este sentimento ser reciproco.
Eu me entreguei por inteiro e não pela metade.
E você o que me destes ?
Dissestes tantas coisas,que confundiu os meus sentidos.
O meu amor ficou desinibido.
Mas este sentimento para você,entrava apenas pelo ouvido.
Não parastes dentro de ti.
Afoguei me num rio de lágrimas.
Onde a dor reinava em meu peito.
Tentava aliviar este sentimento,deste jeito.
Mas a cada dia que passava,este sentimento aumentava.
Ao mesmo tempo me maltratava.
Pela estrada caminhava sem rumo,com o pensamentos vagos.
Dava uns tragos para me acalmar.
A brisa momentânea tirava você da minha cabeça.
Mas logo voltava para me atormentar.
Tentei mudar o rumo desta história.
Uma rosa colombiana para a senhorita.
Que depois de meses teve uma resposta fria.
Derrubando o império que comigo você tinha.