Lareira
Estas noites frias de São Paulo, só me faz buscar o calor.
Pegar as taças de vinho e sentar em frente a lareira.
Peguei me no sono e os sonhos tomou meus pensamentos.
Fez aparecer os escondidos sentimentos.
Lembrei me te todo o amor,que servia de cobertor ao meu coração.
Que me protegia deste frio mundano.
Que me tirou dos hábitos do cotidiano.
Mas este fogo não reascende mais,os sonhos se tornaram pesadelos.
Meus maiores medos veio a tona e meu coração descoberto.
Não pulsavas mais pelo teu cabelo atrás da orelha.
Não ouvias mais tua voz,apenas zumbidos de abelha.
Que ensurdeciam a minha cabeça,buscava uma breja para relaxar.
Quantas mesas de bar não frequentei para deixar de te amar.
O destilado desse queimando a minha garganta,para minha vida acabar.
Quão sonhador eu fui,em pensar que um dia poderia te amar.
Só hoje percebi que saiu descalça para minha vida não marcar.
Tentei procurar tuas pegadas,me perguntando.
Será que ela volta ?
Não sabes o estrago que me fez.
A vida noturna não é nada sadia.
Eu cercado de vadia,me envolvi na ousadia.
Agora viciei nesta vida e não quero abandonar.
Olho para teu sorriso que é de se apaixonar.
Mas esta lareira,eu não quero mais incendiar.