quarta-feira, 20 de julho de 2016

Poema 98

PRIMEIRO ENCONTRO

Em nosso primeiro encontro já cheguei quase uma hora atrasado,
quando te vi do outro lado da rua, fiquei ali parado te olhando 
com o rosto abaixado mexendo no celular.

Sem graça me aproximei e você brava com o olhar dizendo:
" quase te deixei", ali nos cumprimentamos e quando nos sentamos
a chuva nos pegou.

A chuva nos impossibilitou a desfrutarmos um açaí ao céu estrelado,
a tempestade nos deixou entrelaçados de baixo do meu guarda-chuva,
assim tentamos ir para o açaí do outro lado da rodovia, mas a tempestade
nos impedia de matar o nosso desejo.

Acabamos que dentro de um bar fugindo de São Pedro, dois copos americanos,
um som ambiente, nossas mãos se tocando e um engraçado papo desenrolando.

Poderia ter acabado tudo antes mesmo de estar iniciando, então decidimos não
beber e sair andando quando a chuva diminuiu, fomos até a praça iluminada
com enfeites de natal e uma música agradável de vinil rolando pela noite 
chuvosa que não impossibilitou de você estar vistosa e fazer meu olho brilhar
quando ia de encontro ao teu.

A chuva retornou e nos pegou novamente, numa mão eu segurava o guarda-chuva
e com a outra como uma corrente te envolvia em meus braço, iluminados olhamos
um para o outro e tocamos os lábios.

Nosso primeiro beijo parecia cena de um filme, o creme que passou em teu corpo
agora sentia em mim, já não queria mais desgrudar de ti, nossas bocas se casaram,
nossas almas se entrelaçaram, nosso destino ali foi selado e nosso primeiro encontro eternizado.

Nossas vidas agora podem ter tomado dois lados, mas sempre nos veremos lado a lado 
sentados no banco dessa praça assistindo o espetáculo que foi a nossa encenação,
do beijo romântico que se tornou um filme de ação que pode virar drama, pois toda
vez que deito em minha cama só a vejo nos braços de outro.



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