domingo, 23 de outubro de 2016

Poema 104

Banco de Praça

Calor escaldante num domingo ensolarado e 
ali estava eu, sentado num banco de praça
observando os casais ao meu lado.
Estava ali parado, focado como se 
estivesse assistindo a uma televisão.

Vi o céu escurecendo, dois jovens fugindo 
de uma tempestade e o que era para ser 
apenas uma amizade, se tornado algo a mais.

A chuva me pegou, mas eu continuava sentado,
observando o jovem casal se escondendo para
não beijar no molhado.

De repente toda uma cena veio a minha cabeça,
como se eu e minha amada estivéssemos no lugar 
daqueles jovens dando uns amassos.

A rosa em que segurava em minhas mãos, já 
não existia mais pétalas, pois arranquei uma por uma
só de pensar que apaixonada por mim você nunca esteve.

Ensopado levantei-me e deixei o que restou da flor cair 
quando olhei para trás senti você ali me observando,
por um momento pensei que tinha voltado, mas não
eu só estava alucinado com a sensação do sentimento
em qual o casal me passou. Sorrisos, abraços, cheiros e 
afagos que quando juntos você nunca demonstrou.

No primeiro erro já me largou, mostrou sua fraqueza que 
para quem já amou não deveria ter e meu único objetivo agora é
apenas te esquecer, pois não mereces nenhuma lágrima que
já derrubei por você.




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