segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Poema 74

Saborear

Sente se confortável ?
Dormes em meu braços todas as noites e mesmo assim,
 acordo pela manhã sabendo que não gostas de mim.
Acaricio o teu rosto e sinto o frescor de teu cabelo.
Todas as noites ao olhar pelo espelho,
 vejo você em teu refúgio descansando como um anjo querubim.
Essa tua beleza adormecida me trás uma paz,
que me faz querer compor como Tom Jobim.
Sabendo que não tenho tal qualidade de compor, apenhas
ponho no papel todo o meu amor,
 que outrora transformado em dor pela tua rejeição em não querer me dar o teu calor.
Não sentirei o sabor e o prazer em te beijar,
 mas mesmo assim não deixo de sonhar,
com o dia que irei te segurar pelas mãos,
 em teus olhos olhar e de teu amor poder saborear.



quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Poema 73

Trilha Sonora

O destino fez com que você não quisestes me amar no passado,
mas guiou te para me amar no futuro.
Nos encontramos novamente e descobristes que o o nerd cabeludo
se tornou o homenzarrão aqui presente.
Encantou-se pelas belas palavras poéticas que de minha boca saem,
sentindo o de desejo de beijar.
Talvez eu seja o escolhido para te amar e ao teu lado na rua desfilar.
Tente esquecer das dores que passou e viva o presente,
sendo coerente com as decisões do destino antes de adormecer.
Acorde sorrindo e cantarolando enrolando as roupas sujas jogadas
ao chão e ponha sua mão sobre o teu coração e lembre-se do meu sorriso
e grite ao mundo,diga que o zumbido de minha voz ao pé do seu ouvido
é a trilha sonora de nossas vidas e que nossa história de amor que aqui 
se inicia será contada em uma bíblia e jamais será esquecida. 



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Poema 72

Estrela

A estrela tatuada em teu braço é utilizada como um radar,
 para guiar os teus passos levando te para um futuro promissor,
com muitas vitórias e amor.

Talvez esta estrela também esteja no céu,
fazendo com que tirastes o véu de cima dos olhos,
para que enxergastes a pessoa que não te tira da cabeça.

Que dorme sentindo o teu beijo e acorda com o som
de sua voz em teu ouvido, dando bom dia.

Essa mania conforta o teu coração,mostra que
tens toda a atenção que merece.

Quantos "vê se me esquece" você não ouviu?
Tens a certeza que fará um belo desenho e
dormirás a noite, sabendo que mesmo por um dia,
teve uma pessoa em seus braços entregue-se por inteiro.

E antes que tu vás esquecendo,carregarás o peso de sentir
o cheiro e o beijo de teu parceiro, olhando em teus olhos
pedindo um aconchego para te amar.

Talvez você possa culpar essa estrela guia, 
que juntou o presente e o passado,
deixando você neste estado, 
pedindo que alguém o teu coração possa cuidar.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Poema 71

Conquistar

A arte da conquista é, você poder sussurrar ao ouvido.
Dizer o que está sentindo.
Conseguir fazer abrir um sorriso.
Sentir um arrepio e esperar o desejo.
O desejo de amar, de poder a boca com o dedo
silenciar, para que as batidas do coração possamos escutar.
As vezes não percebemos, mas tudo é arte.
Se declarar é arte, pois declamamos um sentimento
á quem amamos.
Talvez não esperamos uma resposta negativa,
pois colocaríamos o amor á ativa.
Com o amor esperamos a solução e
não diversos pontos de interrogação.
Neste sentimento, não cabe o questionamento.
A conquista talvez seja um dos melhores momentos.
Onde os sentimentos são jogados aos ventos.
Por isso, não podemos acreditar no fim dos tempos,
pois os sábios sempre nos fala.
Dê tempo ao tempo, pois tudo vai acontecer
conforme o tempo mandar.
Talvez hoje eu não possa te conquistar,
mas amanhã é você quem vai lutar
parar poder me conquistar.




quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Poema 70

Querendo te Encontrar

A dor em meu peito silenciou.
Já não escuto mais batidas que me agitam.
O meu corpo despertou.
Levantando,engrenou-se a andar
o olhar desnorteado de quem acaba de acordar.
Uma vida rotineira de quem deixa de amar.
Sorriso escondido no rosto e uma vida bandida.
Noites de festas,madrugadas a vista e mulheres
no carro escondidas.
Mas ao amanhecer aquela mesma vida,
uma dura rotina de solidão.
Passa dias zapeando a televisão,com
um copo de red bull na mão,lembrando 
do amor de verão.
Encantado com o sorriso daquela loira do acampamento,
deixou a timidez de lado e foi logo para o sofrimento.
Tentou conquista-la convidando a o seu alojamento.
A doce menina gostou do seu perfil,curtiu,mas não quis 
aceitar a proposta de amar.
Talvez ela tenha medo desse sentimento,possivelmente
sofreu ao se doar a um babaca.
Quando encontra alguém que cuidaria dela o maltrata.
Ele tem papel,caneta e coração.
Não tem mais emoção,não consegue mais escrever.
Talvez você tire esse menino do sufoco, fazendo 
com que a saudade o pare de maltratar.
Será que um dia ele vai te encontrar ? 




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Poema 69

Saudade

Quando a saudade bate o teu nome 
a minha cabeça invade.
O teu cheiro vem a minha memória e eu estico
os braços, tentando não deixar você ir embora.
Ouvindo á música que você gosta,imitando os seus passos
eu vejo você ir.
As pessoas começam a aplaudir,mas minha cabeça só pensa 
em não deixar você a porta abrir.
O meu coração está ligado ao seu,mas na aula explicativa 
de sentimentos você não compareceu.
Dizer que eu não sinto saudade,de ir para a faculdade 
acompanhado pela felicidade logo pela manhã,estaria mentindo.
Parece que sorrir, foi algo que o meu coração esqueceu.
Desde quando você apareceu,meu sentimento não se escondeu.
Apareceu como algo excitante que não pode se deixar empoeirando na estante.
Guardado ao fundo na escuridão,esperando o dia em que vá cair em sua mãos.
Talvez ache que seja apenas um brinquedo,que pode pegar a qualquer momento para brincar.
Mas não se esqueça,que este boneco na estante tem um coração  pulsante e não quer brincar,só quer te entregar um coração para cuidar.
Quando a saudade bate,a única forma de se comunicar contigo é tentar descrever o teu sorriso num poema,e tentar demonstrar que a saudade é meu único problema.        


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Poema 68

Uma noite de Amor

É uma noite de amor que ela espera,
faz com que chegue em casa as pressas fechando as janelas
e preparando o quarto para a declaração de amor.
Pétalas de rosas colombianas, jogadas ao chão, e velas
em chamas enchem o ambiente de calor.
Mostra toda a saliência que a cama espera.
Onde lençóis serão desarrumados,
roupas e  toalhas jogadas,molhadas aos pés da cama.
Ela adora ouvir o suo dizendo que a ama.
O sorriso largo ao teu rosto,mostra o quanto ela o quer 
perto de ti.
O som baixo de Your body is a wonderland rolando pelo ambiente,
deixa as coisas mais calientes.
Ele á arranha com os dentes e desliza as mãos coerentes pelo teu corpo,
mostra o verdadeiro sentimento em ação.
Ela mostra toda sua empolgação e excitação,
deixa claro em suas reações a noite que esperava.
Deitada,assoviando o refrão da canção,
ela aponta o olhar para a janela e vê o mundão.
Pensa estar no paraíso,sente a penetração do sentimento,
concorda com a cabeça que era a noite que esperava.
Uma noite de amor. 



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Poema 67

Urubus

A lua minguante de camarote
assistia o estirante deslizando pelo pulsante.
O corte exposto e o sangue espirrando no rosto.
Um corpo estirado ao chão.
As lágrimas dos olhos da bela estrela,
que ilumina a escuridão,caiam sobre a terra.
A menina apaixonada,via sua alma sendo levada,
os anjos desceram do céu para levá-la.
Já era dado como tudo certo,mas não passou
de um filme na cabeça de como seria a tua morte.
Ela bolava uma seda e o cortante estava ao teu lado.
Sua paixão ignorada,a fazia pensar na morte como a solução.
Via os urubus saindo do lixão em sua direção,
em busca de se alimentar da carne dura.
Via o urubu mestre ir bem logo em direção ao coração.
O órgão mais importante deste "corpão" violão.
O membro mais gélido e sem reação.
Não existia mais pulsação.
Enquanto jogava a fumaça ao ar,ela pensava
em toda esta situação.
Poderia ser a melhor solução,para um coração
que não possui uma outra metade.
Talvez era a melhor solução para uma menina
cansada de pedir caridade.
Talvez pensar nos urubus arrancando pedaços,
a faria acordar para a realidade.
E seguir andando por este mundo,correndo 
atrás da sua outra cara metade.






sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Poema 66

Precisamos

Sussurra em meu ouvido que o mundo
tu queres conquistar,mas
diga gritando a todos também que queres me amar.
Conforte meu coração,mostre que a tua partida 
terá volta.
Ficarei aguardando as tuas cartas contendo as respostas
que um dia nos encontraremos novamente.
Simplesmente as flores que despertam ao amanhecer
embelezam os dias.
O perfume delas propagam pelo ar poluído, um pouco de amor,
deixam o paulistanos inspirados e num descuido apaixonado.
Anjos voam pelo estado disparando flechadas,
o primeiro casal que tomar aquela "espetada" 
vai sentir aquela virada.
As manhãs não serão as mesmas,o sorriso largo,
os olhos brilhando.
O mundo em volta numa correria,mas para os apaixonados
em "slow motion" ,o tempo não passa.
E esperamos que não passe,pois é do
amor que precisamos.


domingo, 5 de outubro de 2014

Poema 65

Patricinha

Um garoto da "perifa" não pode namorar uma patricinha?
Ela mora na zona Norte,ele no bairro da desordem,
situado na grande São Paulo.
Ela viaja para conhecer o mirante em Porto Seguro,ele
da murro em ponta de faca,matando um leão por dia
para garantir o seu futuro.
Ela anda de carro importado,bancada pelos pais.
Ele vive sendo esmagado no coletivo,sendo 
carregado pelo povo.
No café sempre o mesmo pão com ovo,e
ela no suco natural e nada muito gorduroso.
As diferenças são plenas,duas almas que não contentam.
Ele tenta vencer as dificuldades e ainda sonha em
construir uma família com a patricinha.
Enquanto, ela anda com as "amiguinhas",desfilando
a grife de alta linha,sonhando apenas em manter 
a riqueza de sua família.


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Poema 64

Vamos Traficar ?

Vamos traficar amor ?
 E distribuir na boca da quebrada ?
Bora bolar essa parada e dar umas tragadas?
Baforar sentimentos e joga-los ao vento.
Ver os sentimentos exalando no ar.
Pega essas pedras e vamos colecionar,
conta-las e joga-las ao mar.
Deixe as pessoas desarmar o ódio,
através do amor.
Talvez possam sentir-se mais seguras amando,
ao invés de ficarem odiando uns aos outros.
Dispostos a vencer esta guerra,o povo anda
armado e disparando para qualquer lado.
Olhos amedrontados,suplicando apenas um abraço.
Que tal desembolar o "bagui" e na seda escrever uma poesia ?
Deixe gravada palavras bonitas, e junto da maresia,
carregue-as pela cidade vazia e preencha corações.




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Poema 63

Morada

Arranquei do meu peito o coração,
que criou asas e decidiu voar.
Quis voar para outro coração namorar.
Deserdou-me de sentimentos,deixou-me 
livre ao vento.
Desatento percorri o mundo no escuro.
Não enxergava nada.
Enfim as claras a luz me cegava,
vendo os namorados trocando babas.
Estas cenas machucam a minha visão,
maltrata o meu coração e deixa esta 
morada vazia,pois a mulher que
ocupava esta estadia,foi sem embora.
Partiu,não me dizendo se um dia voltaria.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Poema 62

Embriagado

Em questões de segundos já foram
o suficiente para te notar.
Ao adentar em minha vida algo em meu peito
aconteceu,mas deixei passar.
Uma angústia batia ao te ver ao pé do ouvido
com outros caras.
O teu nome na areia eu rabiscava,mas a brisa
do mar vinha e apagava.
Estas situações o meu coração maltratava.
Outras mulheres eu conquistava para o teu
nome não lembrar.
Olha,veja o meu estado,todo dia embriagado.
Renegando o passado,e me auto
intitulando de trouxa,por ter deixado
o teu amor escapado.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Poema 61

Recuperação

Uma ponta de luz surgiu ao fim do túnel
Numa vida parada e tranquila.
Esta luz chamou a atenção de um garoto
a beira da estrada perdido.
Ele descalço,com roupas rasgadas e desiludido
chutava as pedras que no chão se encontravam.
De coração partido,olhava o céu.
Aclamava aos anjos uma resposta,
para esta manhã iluminada.
Confuso,não sabia se continuava a sua caminhada.
Sem entender nada,revolveu ouvir o som do Coração.
Foi de encontro a luz.
Chegando lá,encontrou um anjo de cabelo comprido
escorrido e de vestido branco florido.
Então em sua direção o anjo sorriu e 
lhe estendeu as mãos.
Dizia que iria levar o jovem ao paraíso,lhe mostrar
o que era amor.
Um jovem sem noção alguma de sentimento,caminha
desalento para a ressurreição.
Conhecer o amor seria a sua recuperação
de anos afundados neste poço que é o mundão.
Entregue a rua,ao mundo do cão.
Os comensais o rodeada,levando a escuridão.
Mas graças ao anjo do amor,ele se recuperou da solidão.
Ganhou do mundo uma outra visão,só
espera que não acabe cego na desilusão.



terça-feira, 26 de agosto de 2014

Poema 60

Cúpido

Todos temos um cúpido.
Ele geralmente anda a sua direita,
acima da cabeça.
Sempre te guardando,
procurando um alvo para tua vida mudar.
Ele gosta de te arranjar companhias,
para que você o esqueça.
Uma bobeada e ele uma flecha atira.
Quando se vira,você se torna uma vítima.
Refém do alvo em qual a flecha acertou.
E você que se gabava que nunca amou,
de repente tudo mudou.
Os teus olhos agora brilham.
Os teus sorrisos passam a iluminar as noites em claro.
Não consegues mais dormir,pois sonha acordado.
E agora meu cúpido,olhe meu estado.
Veja esta cilada em qual me metestes.
Eu aqui sentado nesta mesa de bar,
escrevendo recados no guardanapo.
Tentando chamar a atenção do meu alvo.
Aquela loira ali do outro lado.
Que me olha e movimenta teus cabelos,
loiros e ondulados.
Será que tudo isso terá algum resultado?
Ou será que este alvo,foi o errado?
Devido ao meu cúpido estar louco,embriagado.
Qual será o próximo passo?
Teremos um novo alvo?
Ou ficaremos nesse modo,stand-by.









quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Poema 59

Sociedade

Pelas janelas do metro,vejo a movimentação paulistana.
Uma vida agitada,que não existe uma parada.
Não trocaria por nada essa vida na floresta de concreto.
Onde somos rodeados por arranhas céus,rodeado até 
por alguns animais sem coração..
Rodeado por uma população que devasta seu habitat.
Uma população de escolhas erradas.
Não é por nada,mas também uma população que não sabe
o significado de valor..
Ultimamente os valores estão trocados.
Homens querendo ser chamado de namorado e
mulheres afim de nada muito sério,
para não alterar o seu estado.
Vivemos numa sociedade de valores invertidos,
banalizações desinibidas,num verdadeiro picadeiro.
Onde palhaços fazem suas propagandas oferecendo
pão e água o ano inteiro.
Merecemos tal desrespeito ?
Não podemos ter o direito de um estudo,trabalho e sossego direito,
pois somos devorados pelos tigres,e olha que ele não nos arranca
apenas os braços,mas também as pernas e o coração..
Para que andar e amar ?
Se temos que viver do jeito que a sociedade manda.



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Poema 58

Sensibilidade

Será que damos valor aos sentimentos ?
Ou será que deixamos as borboletas do amor, 
 serem carregadas pelos ventos ?
O mundo já não possui mais a verdadeira sensibilidade,
não sabes mais o que é amor.
O meu verdadeiro eu é sensibilizado.
Isto é motivo para eu ser zuado ?
Pense bem,fique do meu lado,veja com meus olhos,
como eu enxergo a vida.
Como os sentimentos são movidos pelos movimentos,
das minhas pupilas.
Você não sabes como me faz mal,este teu lado sombrio.
Infelizmente,esta paixão ardente,só faz distanciar-te de mim.
Tornando me igualmente a ti,obscuro.
Este meu lado de enxergar ao mundo,ficou cego.
O preto e o branco se tornou parte do meu dia a dia.
Esta estadia de solidão,só me deixou longe da minha paixão.
Toda a magia se perdeu,e não me venha com compaixão.
O machucado já foi aberto e a ferida está feita.
Quando será desfeita ? Só o tempo me dirá.
Me sinto numa prisão de cela aberta.
Não sei, quando criarei coragem para sair.
Eu tento buscar forças do além, para deixar este sentimento ir embora,
e que ele possa deixar a porta do meu coração aberta,
para outro amor o adentrar,pois se a porta fechar,
 nunca mais alguém conseguirá destrancar a porta do meu coração.





**Poema construído em cima de uma conversa entre 3 amigos sobre o Amor.
*** Dedicado ao Fabio Henrique e Alessandra Kobashigawa

domingo, 3 de agosto de 2014

Poema 57

Liberta-se

Venha comigo, vamos sair para ver o sol e o mar.
Contemplar estar paisagem,que só embeleza a palavra amar.
Tua mão quero segurar,levar-te para se aventurar.
Quero que este amor seja mágico,para que possamos registrar.
Ter em fotografias a prova do nosso amor.
Para no futuro mostrar aos nossos filhos,como tudo se iniciou.
Para nos dias tristes, olhar em teus olhos e dizer aqui estou.
Não vou esconder do mundo este amor.
Quero poder derrubar as barreiras,mesmo que eu sinta dor.
O  maior erro do ser humano é guardar um sentimento.
Nós andamos por este mundo desatento.
Deste jeito perdemos a oportunidade de falar.
Não somos programados para amar.
Com meus poemas o teu coração eu quero inflamar.
Fazer você os teus sentimentos declamar.
Não corra,tente apenas andar ou sentar na areia.
Olhe o mundo a sua volta,veja tanta gente alheia.
Presas aos próprios sentimentos,como uma cadeia.
Liberta-se,não precisa de magia para isso.
Quando olhei em teus olhos firmei um compromisso.
perder-me loucamente no oceano,até que o fim me encontre.






terça-feira, 29 de julho de 2014

Poema 56

Lareira

Estas noites frias de São Paulo, só me faz buscar o calor.
Pegar as taças de vinho e sentar em frente a lareira.
Peguei me no sono e os sonhos tomou meus pensamentos.
Fez aparecer os escondidos sentimentos.
Lembrei me te todo o amor,que servia de cobertor ao meu coração.
Que me protegia deste frio mundano.
Que me tirou dos hábitos do cotidiano.
Mas este fogo não reascende mais,os sonhos se tornaram pesadelos.
Meus maiores medos veio a tona e meu coração descoberto.
Não pulsavas mais pelo teu cabelo atrás da orelha.
Não ouvias mais tua voz,apenas zumbidos de abelha.
Que ensurdeciam a minha cabeça,buscava uma breja para relaxar.
Quantas mesas de bar não frequentei para deixar de te amar.
O destilado desse queimando a minha garganta,para minha vida acabar.
Quão sonhador eu fui,em pensar que um dia poderia te amar.
Só hoje percebi que saiu descalça para minha vida não marcar.
Tentei procurar tuas pegadas,me perguntando.
Será que ela volta ?
Não sabes o estrago que me fez.
A vida noturna não é nada sadia.
Eu cercado de vadia,me envolvi na ousadia.
Agora viciei nesta vida e não quero abandonar.
Olho para teu sorriso que é de se apaixonar.
Mas esta lareira,eu não quero mais incendiar.






terça-feira, 22 de julho de 2014

Poema 55

Calastes
Ando perdido em meus próprios pensamentos.
Vago pela rua desatento.
Os meus poemas,já deixaram de ser depoimentos.
As tintas que pincelavam o amor,acabaram.
Os teus retratos nos meus sonhos,se quebraram.
Sinto que todos me abandonaram.
Rodeado de pessoas,me sinto perdido e acoado.
Como se fosse apenas um robô desprogramado.
Parado no tempo,o relógio anuncia a minha dor.
O meu coração já perdeu a cor.
Não existe mais o avermelhado do amor.
Me nego a aceitar,que ainda exista algum laço seu em mim.
Roubastes todos meus sentimentos e levastes contigo.
Me deixastes trancafiado,com os olhos vendados.
Não consigo gritar mais ao mundo dizendo que te amo.
Pois também calastes a minha boca.
Calastes o meu coração.
Calastes a minha vida.
Fizestes tudo isso,mas sem despedida.
Pensou que a dor seria menos dolorida ?
Apenas criou-me uma ferida e me deixastes machucado.






segunda-feira, 14 de julho de 2014

Poema 54

Julieta

O sol está de luto.
A mini estrela não saiu aos céus para sorrir.
Não desinibiu as nuvens carregadas e o céu acinzentado.
Onde andastes a dama,que eu tenho tanto esperado?

Por Verona eu tenho andado,atrás desta dama que tanto falam.
Detentora de um rosto angelical e um sorriso esplendido.
Perseguida pela sua virgindade,
esta mulher da cidade,numa família cheia de estabilidade.

De codinome Julieta,aquela que me causa borboletas no estomago.
Que faz meu coração disparar.
Que faz meu corpo pesar como um chumbo e minha alma petrificar.
Que me faz sonhar em ser teu vestido,para teu corpo acariciar.

Não sabes o quanto desejo te amar.
Ó minha dama,vem comigo uma história iniciar.

A vida nos impediu de iniciar esta história,
algo envenenastes tua mente contra o amor.

Tua alma não me enganas,vagas pela noite
triste sem um rumo.
Este falso sorriso não me enganas,
finge estar bem,mas sei das tuas noites sombrias,
dos teus sonhos de me devorar por uma noite.

Os teus olhos não me enganam,mostram uma ardente paixão,
mas não sei por que escondestes este sentimento.
Deixarás que morra e enterrado em um caixão ?

Verona já não é a mesma.
Depois desta história,mesmo sem ter ao menos te visto.
Toda a cidade te conhece.
E sabe que teu coração você nunca me destes.








sábado, 12 de julho de 2014

Poema 53

Império

Eu segui as batidas do meu coração.
Mas ao te ver ele acelerava,talvez o meu maior erro.
Querer acompanhar os batimentos,e acelerar este amor.
Fazer este sentimento ser reciproco.
Eu me entreguei por inteiro e não pela metade.
E você o que me destes ?
Dissestes tantas coisas,que confundiu os meus sentidos.
O meu amor ficou desinibido.
Mas este sentimento para você,entrava apenas pelo ouvido.
Não parastes dentro de ti.
Afoguei me num rio de lágrimas.
Onde a dor reinava em meu peito.
Tentava aliviar este sentimento,deste jeito.
Mas a cada dia que passava,este sentimento aumentava.
Ao mesmo tempo me maltratava.
Pela estrada caminhava sem rumo,com o pensamentos vagos.
Dava uns tragos para me acalmar.
A brisa momentânea tirava você da minha cabeça.
Mas logo voltava para me atormentar.
Tentei mudar o rumo desta história.
Uma rosa colombiana para a senhorita.
Que depois de meses teve uma resposta fria.
Derrubando o império que comigo você tinha.



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Poema 52

Espetáculo

O palco está preparado,a cortina fechada pronta para o espetáculo.
O ator principal concentrado,pronto para filosofar.
Entrar em cena,disparar palavras e gestos.
A cortina se abre,o ator começa a atuar.
Não percebe que na platéia não tem ninguém para te saudar.
A iluminação atrapalha sua visão,ele continua focado em sua missão.
Levar um pouco de cultura e coração.
Ao terminar o espetáculo,percebe que não há nenhum aplauso.
As luzes do salão se acende e ele percebe a solidão.
Percebe que nem tua alma o acompanhava mais.
Incapaz de viver sozinho,lembra do teu amor.
Que o acompanhava pelos corredores da vida.
E te mostrava que mesmo que tardia a vitória chegaria.
Que o sol apareceria sorrindo pelas manhãs.
Que ao ver a maior estrela nascer,lembraria de quem o amava.
Mas nesta manhã,sozinho ele estava.
Acordou ao raiara do sol,colocou seu vinil para tocar.
Com uma taça de vinho na mão e um charuto na boca,ouvia John Mayer entoar.
Quem você ama,ama você ?
Sentia que a gravidade o traia.
Não atraia o teu corpo ao dele e o fazia cair.
Deitado aos prantos no chão,via uma ilusão.
sua dama bailando no salão,sorrindo e te estendendo a mão.
Mas por alguma razão a cortina se fechou.
Os impedindo de dançar a bela canção.